Violonista, compositor e arranjador. É um dos mais destacados violonistas do país. Compôs mais de 280 obras para violão solo e diferentes formações – violão e orquestra, duos e quartetos. Destaca-se por seu pioneirismo no resgate de obras de importantes violonistas e compositores e por performances memoráveis que marcaram a história do país.
Baiano nascido na cidade de Mundo Novo, Geraldo Ribeiro interessou-se pelo violão desde pequeno, quando ouvia os violonistas da região. Ainda na infância, ganhou um disco do violonista mineiro Mozart Bicalho e, ao ouvi-lo, seu interesse pelo instrumento se consolidou.
Em São Paulo, teve seu primeiro contato pedagógico com o violão por meio de método prático do célebre violonista Américo Jacomino (Canhoto). Autodidata, passou a conhecer as obras de outros nomes importantes do violão como Dilermando Reis, Aníbal Augusto Sardinha (Garoto) e Abel Fleury. Em 1952, iniciou oficialmente seus estudos musicais (solfejo, violão e princípios de teoria) com o professor e maestro Augusto Mathias, na cidade de Assis (SP). Em 1955, transferindo-se para a Capital, prosseguiu seus estudos sob orientação do compositor A. Theodoro Nogueira, com o qual estudou harmonia, composição, entre outras disciplinas. Também recebeu aulas de violão do professor Oscar Magalhães Guerra, o responsável por lhe apresentar a obra de Francisco Tarrega, entre outros importantes compositores.
Como recitalista, realizou inúmeras apresentações nas principais cidades brasileiras, além de diversas gravações. Entre os inúmeros recitais realizados, destaca-se do Teatro Municipal de São Paulo, onde apresentou o célebre “Moto Perpétuo”, de Paganini, em transcrição para violão de sua autoria (em primeira audição mundial). Entre suas gravações destaca-se a “La Catedral”, do compositor e violonista paraguaio Augustín Barrios, assim como dos “Tangos Brasileiros” de Ernesto Nazareth, obra que teve sua transcrição.
Como compositor, assina inúmeras obras, entre elas os “Vinte Cinco Românticos”.
Como professor, lecionou na Universidade Nacional de Brasília (UNB) – tendo sido o primeiro violonista brasileiro a lecionar em uma universidade – e no Conservatório de Tatuí (de 1983 a 2008).
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